segunda-feira, 5 de abril de 2010

Tarde na Gávea - A necessidade, na prática, do transporte de massa

Bom, eu, na condição de usuário de transportes coletivos e de cidadão morador da Baixada de Jacarepaguá, exercendo o direito de ir e vir, costumo me deparar, na prática, com os problemas de logística dessa cidade. Me incomoda muito como os administradores da cidade lidam com os problemas de forma externa, achando por meio de hipóteses que suas soluções são eficazes. Ou, talvez, por puro relaxamento... Infelizmente.

Certa vez, estava eu em Ipanema e, como não me importo de andar e poderia aproveitar para aproveitar a bela ressaca do dia, tendo, no final, o direito de pegar apenas uma condução para meu bairro, fui caminhando pela orla e depois pelo Leblon até a Gávea. Reparei, pelo caminho, que os 557 vinham lotados, o que já era de se esperar pelo horário. Não lembro dos S-20/382, mas estava disposto a ir até o ponto final do 750 e ir sentado e num ônibus só. Mas tive a decepcionante surpresa ao chegar na Praça Nossa Senhora Auxiliadora e ver uma fila dando a volta no Quarteirão. Tinham pelo menos 3 filas formadas e pensei na outra opção no local, o 755. Andaria um pouco mais, mas iria sentado. Ao contornar a praça, mais filas, enormes. Vi que a situação era pior do que minha mais pessimista previsão para o fim do passeio. Andei até o ponto do Planetário/PUC na esperança de pegar qualquer ônibus que fosse pra Barra. E, então, me deparei com um ponto extremamente cheio com pessoas avançando nos ônibus. Os 179 e 175 nem sequer paravam, 2113 caros e em pé, e os 750 e 755 que, mesmo com toda a frota reforçada, não dariam vazão àquele contingente... Fiquei imaginando nas possíveis soluções... Aumento da frota? Tinham bastantes 750 e 175, não podia se reclamar disso. Além do que, aumento de frota detona o trânsito. O fato provou que a população da Baixada de Jacarepaguá necessita de transporte de massa. Quem quiser comprovar, faça uma experiência de se deslocar da Zona Sul para a Barra no horário das 4 horas, num dia útil. Fora o trânsito intenso da auto-estrada, diria que mais lento que os outros engarrafamentos que costumo ficar (acho que pior que esse, só o do Maracanã, porque tem sinal).

No fim da história, os únicos ônibus que eram possíevis de ir com um mínimo de conforto eram os frescões de 8, 9 reais, um deles até servia para mim, mas não estava diusposto a gastar 10 reais. Agora, há uma esperança no "início" da construção (uma placa) da linha 4, mas era muito necessário que fosse pelo menos até o Rio das Pedras. Os 750 e os 267 Linha Amarela são a prova disso. Em outro post, farei meu relato sobre o 267, linha que uso diariamente (e que constantemente tento fugir). Até porque, já li em alguns lugares, mas infelizmente não tenho o dado certinho para divulgar aqui, nem estou muito preocupado com os detalhes técnicos no momento, a população dos bairros de Jacarepaguá é bem maior que a da Barra, apesar dos tamanhos continentais parecidos de ambos. Não é questão de uma região merecer mais que a outra, e também, no final das contas, só haverá uma estação na Barra, a do Jardim Oceânico, pelo que eu sei. Uma estação para toda a Baixada de Jacarepaguá enquanto Ipanema/Copacabana tem vários estações com distância de 2 km soa até como piada. Em outro post, expandirei essa idéia da estação única. É um avanço, mas como disse no início, temos que ver a prática. Não teorizar. Talvez, na teoria de quem fez o projeto, um raio de 10 km para uma estação fique satisfeita. Só mesmo se for teoria...

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